terça-feira, 14 de junho de 2011

Um passivo que está sendo remediado em Silva Jardim


Lixão do Goiabal foi desativado há pouco mais de um ano. Agora, técnicos buscam soluções para a recuperação da área



Desde março do ano passado que o lixão de Silva Jardim foi desativado. Localizado no Goiabal, em uma área isolada e rodeada por pastagens, o lixão representava um grande passivo ambiental que perdurou por aproximadamente dez anos. Durante todo esse tempo, o lixão funcionou sem nenhum tipo de cuidado. Somente em 2010 é que a prefeitura despertou para a necessidade de dar uma correta destinação para as 17 toneladas de resíduos gerados diariamente na cidade. Hoje, esse volume é despejado em um aterro sanitário particular em São Pedro da Aldeia.

A iniciativa da prefeitura já rendeu resultados. A desativação do lixão foi um dos pontos determinantes para que o município pulasse da 4ª para a 1ª colocação no ranking do ICMS Verde, sendo a cidade que mais arrecada o imposto no Estado do Rio. Em 2010, o repasse foi de R$2,9 milhões. Neste ano, saltamos para a cifra de R$5,2 milhões.

Embora haja críticas sobre o custo para despejar o lixo no aterro, os ganhos ambientais, sociais e de saúde são incalculáveis e o aumento no repasse do ICMS vem conseguindo cobrir tal custo. Hoje a área do lixão no Goiabal já não tem mais aquele mau cheiro e insetos, embora ainda abrigue certo volume de lixo.

Aliás, essa é outra etapa que a prefeitura terá que assumir: a remediação daquela área. Um trabalho difícil, já que foram dez anos de despejo contínuo de resíduos orgânicos e sólidos, lançados a céu aberto e sem nenhum tipo de tratamento, gerando o chorume, principal responsável pela contaminação do solo, do lençol freático e dos mananciais (rios, córregos e lagos) da região. O chorume pode perdurar por décadas mesmo após o encerramento do lixão, exigindo ações corretivas durante vários anos com o objetivo de remediar a contaminação.

Por outro lado, a prefeitura vem conseguindo recuperar a área onde funcionou o antigo lixão em Cidade Nova. Este funcionou por muitos anos, até que em 2000, com o crescimento do município, o lixão foi transferido para o Goiabal. Afinal, o lixão já representava uma ameaça para a comunidade que começava a se formar no bairro. 



Na época, montanhas de lixo dominavam a paisagem. Mas hoje, com o projeto de recuperação e ações de plantio, a área começa a ser encampada pela vegetação. Quem anda pelo local, nem imagina que ali existiam montanhas de lixo. A intenção da prefeitura é continuar reflorestando o local e transformá-lo num parque ecológico, onde poderão ser desenvolvidas ações de educação ambiental com as comunidades.

Erika Enne

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